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Foram mapeadas centrais de fornecimento de água ilegais e agendadas operações para combater esse tipo de crime
Com o objetivo de combater pontos ilegais de abastecimento de água nas cidades da Região dos Lagos, o chefe de Fiscalização do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Alexandre da Mata, e o diretor executivo da Prolagos, José Carlos Almeida, se reuniram nesta quarta-feira (12), com o comandante do 25º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o Tenente-Coronel Leonardo Oliveira. Durante o encontro foram discutidas estratégias para impedir a exploração ilegal de recursos hídricos, feita em muitos casos, pelo crime organizado.
Segundo Alexandre, foram mapeados diversos locais onde é realizado o abastecimento irregular de caminhões-pipa, que fazem o comércio da água sem autorização. O próximo passo é efetuar operações para desativar as centrais de fornecimento. “Já houve vários casos em que as equipes foram ameaçadas e até mesmo recebidas a tiros em áreas de risco, onde o tráfico de drogas faz a exploração, cobrando pela venda da água ou dando a proteção para uma pessoa fazer. Por isso é tão importante que a gente efetue ações com o apoio da polícia”, explica o chefe de Fiscalização do Inea.
Para o comandante Oliveira, a integração do trabalho da PM com a concessionária e o instituto é uma importante ferramenta para facilitar a identificação dos problemas relacionados à segurança pública e chegar às melhores soluções para zelar pelo abastecimento para a população. “É de suma importância que a gente estreite os laços com a concessionária e se coloque à disposição para fazer operações, para garantir que não haja interrupções no abastecimento de água, que é um serviço essencial para a população”, pontua.
O furto de água é considerado crime, segundo o código penal (artigo 155) e, para evitar irregularidades, a concessionária também realiza inspeções periódicas em Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia. A população pode contribuir denunciando atitudes suspeitas ou o responsável pode efetuar uma autodenúncia e negociar formas de regularização. Para isso, basta entrar em contato com a concessionária por meio do Sac ou WhatsApp 0800 70 20 195, ou ainda pelo aplicativo Águas App, disponível para download para os sistemas Android e iOS. “As ligações clandestinas reduzem a pressão na rede e impactam eficiência do abastecimento para quem paga pelo serviço. Quando uma pessoa compra água de um caminhão-pipa irregular, ela alimenta o crime organizado e também pode causar a contaminação, não só da água que está sendo furtada, como também de toda a rede de distribuição. Ou seja, todos saem perdendo”, ressalta o diretor executivo da Prolagos, José Carlos Almeida.