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Ação foi realizada pelo Inea no Jardim Peró, em Cabo Frio, com apoio da Prolagos e da polícia; quantidade furtada é suficiente para atender 8 mil pessoas por dia
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) flagrou dois pontos de abastecimento clandestino de caminhões pipa, durante uma operação realizada nesta terça-feira (21), no Jardim Peró, em Cabo Frio. A ação contou com apoio de equipes da Prolagos, para a retirada das ligações hidráulicas; e das Polícias Civil e Militar. Estima-se que a quantidade de água furtada seja suficiente para atender 8 mil pessoas por dia.
A ação foi realizada após uma denúncia anônima feita ao Inea por moradores. Somados os dois locais, havia 21 ligações para a rede, feitas de maneira irregular. Também foram encontradas bombas hidráulicas e outras instalações. Cinco caminhões foram flagrados fazendo o abastecimento ilegal para toda a região. Os suspeitos fugiram do local, antes da chegada dos agentes, mas dois boletins de ocorrência foram registrados.
Ligações clandestinas como essa podem causar grande impacto no abastecimento de toda a região, principalmente durante a alta temporada ou em feriados, períodos em que as cidades da área de concessão recebem milhares de visitantes.
Denúncias de crimes ambientais em todo o estado do Rio de Janeiro podem ser feitas ao Linha Verde por meio dos telefones 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local), 2253-1177 (capital), no aplicativo para celular “Disque Denúncia Rio”, onde usuários com sistema operacional Android ou iOS podem denunciar anexando fotos e vídeos, com a garantia de anonimato.
Prática prejudica restabelecimento do sistema após oscilações de energia
A captação clandestina e fraudulenta de água é, além de crime previsto na legislação, um empecilho para o pleno funcionamento do sistema de abastecimento como um todo. Em períodos como o atual, de constantes oscilações na energia elétrica que impactam no funcionamento da Estação de Tratamento (ETA), o furto de água despressuriza a rede, dificultando a chegada da água, principalmente aos pontos mais elevados e distantes da rede.
“A população pode contribuir, denunciando anonimamente os casos de captação de água irregular. Além de ilegal, essa prática afeta o abastecimento e representa risco de contaminação da rede, podendo causar um prejuízo coletivo à saúde pública”, explica o diretor-executivo da concessionária, José Carlos Almeida.