Notícias
Cerca de dez poços artesianos, cinco caixas d’água e uma ligação irregular na rede de água tratada foram desativados
Uma força-tarefa entre o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e a Prolagos identificou, nesta quarta-feira (07), dois pontos de captação ilegal de água no bairro Botafogo, em São Pedro da Aldeia. Os locais eram utilizados para abastecer caminhões pipa irregulares. A ação é considerada crime, segundo o código penal (artigo 155). A operação foi realizada após o recebimento de denúncias anônimas por meio da Linha Verde, programa da Secretaria do Ambiente em parceria com o Disque Denúncia.
Em terrenos no meio da mata, foram encontrados dez poços artesianos que operavam sem a licença do Inea, cinco caixas d’água e uma ligação clandestina que furtava água tratada do sistema operado pela concessionária. As irregularidades foram desfeitas após a chegada dos agentes. Os chamados ‘gatos de água’ podem causar grande impacto no abastecimento de toda a região, principalmente durante a alta temporada ou em feriados, períodos em que as cidades da área de concessão recebem milhares de visitantes. “As ligações irregulares reduzem a pressão na rede e impedem que ela chegue em locais mais elevados e distantes, pois o sistema de abastecimento do bairro pode não ter sido dimensionado para a quantidade de água consumida, impactando os moradores e turistas de toda a região”, explica José Carlos Almeida, diretor executivo da Prolagos.
As ligações clandestinas também podem causar risco de contaminação, não só da água que está sendo furtada, como de toda a rede de distribuição. Para coibir furtos de água são realizadas periodicamente operações de combate à fraude. A população pode contribuir denunciando atitudes suspeitas de forma anônima, pela Linha Verde, do Inea, pelos telefones 0300 252 1177 (interior, custo de ligação local) e 2253 1177 (capital). Ou ainda, pelo Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) ou WhatsApp da Prolagos, por meio do 0800 70 20 195, onde o responsável também pode efetuar uma autodenúncia e negociar formas de regularização.