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Projeto social, que conta com patrocínio da Prolagos, incentiva o empoderamento feminino por meio da prática de esportes aquáticos
Na mitologia grega, Gaia representa o planeta Terra, com significado associado à natureza e ao seu potencial gerador. A poderosa inspiração batiza o Águas de Gaia, projeto social do Instituto Incentivar Esporte e Cultura, de São Paulo, que chegou à Região dos Lagos para promover aulas gratuitas de surfe e stand up paddle (SUP) para mulheres de comunidades locais. A iniciativa tem o patrocínio do Instituto Aegea e da Prolagos.
As aulas de surfe são realizadas na Praia do Forte, em Cabo Frio. A primeira atividade foi realizada no último fim de semana, com cerca de 15 alunas. Já as práticas de SUP são promovidas na Lagoa de Araruama, em Arraial do Cabo. Em águas cabistas, a atividade inaugural foi realizada nesta quinta, dia 25, com cerca de 20 participantes. O projeto conta com as parcerias locais da Associação dos Moradores do bairro Caminho de Búzios (Amocab) e da Associação dos Pescadores Artesanais no Parque das Garças Integrada (Apescarpgin).
Além de promover a saúde, por meio da prática esportiva, o projeto estimula o empoderamento feminino e a troca de vivências, durante rodas de conversa e outras dinâmicas, entre as participantes e as instrutoras. O objetivo é propiciar um ambiente acolhedor e de conexão das alunas entre elas, com a natureza e consigo mesmas, como relatou a moradora do Caminho de Búzios Sara Leandra, após a primeira aula de surfe, na Praia do Forte.
“Foi uma experiência única, uma reconexão comigo mesma. A gente se reconecta com o nosso corpo, esquece um pouco do cotidiano pesado. A gente entende que consegue superar tudo aquilo que a gente pensou que não conseguiria. E isso também é para a vida”, afirma.
Sentindo-se em paz, após sair das calmas e cristalinas águas da Lagoa de Araruama, a artesã Tânia Cristina, do Parque das Garças, descreve a sensação proporcionada pela prática.
“A gente é acostumado com a lagoa, mas essa experiência, com o esporte, traz uma sensação de liberdade. Dentro da água, você esquece os seus problemas”, relata.
A idealizadora do projeto, Cristiane Brosso, destacou a participação das comunidades locais nas atividades, propiciando a ocupação de mais espaços pelas mulheres.
“Em cada cidade, a comunidade local é envolvida no desenvolvimento das oficinas. As mulheres que surfam e conhecem o mar passam por uma capacitação na metodologia própria do Águas de Gaia para ensinar o esporte e ao final do projeto, podem continuar com as aulas gerando renda comunitária”, ressalta.
A coordenadora de Responsabilidade Social da Prolagos, Aline Araújo, reforça o discurso em torno da proposta do projeto.
“Ao incentivar o esporte para as mulheres, promovemos o empoderamento feminino e levamos mais qualidade de vida e dignidade. Assim como o apoio ao Águas de Gaia, realizamos e cooperamos com diversas outras atividades com foco neste público, estimulando também a geração de renda e fortalecendo o protagonismo delas”, comenta.
O projeto, que também é realizado em municípios litorâneos do Nordeste do Brasil, prevê a realização de 28 vivências em cada local, até o mês de outubro. Há previsão de novas turmas a partir de maio, mas as vagas são limitadas. As interessadas podem ter acesso a outras informações pelo perfil do Águas de Gaia no Instagram (@aguas.de.gaia).